quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Revolucionando

Para resuscitar este blog!



Absorvo as horas da noite
para queimar os estilhaços da tua ausência. Lanço
cocktails, a ventre aberto, passo à acção directa
se por momentos julgas
que as tuas revoluções são nos meus sonhos. Insisto
nas palavras misóginas, afastadas
de tudo e todas, onde
posso gritar-te a olhos despertos: Abusa-me em ti.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O diário de um rapaz com diário

1 Outubro 1997

sou o Raul Vilar e fiz cinco anos



5 de Dezembro de 1998

tou a gostar da escola. Dos numeros, amigos e palavras



21 de Janeiro de 1999

Gosto da Patricia. Ela é bonita e gosto muito de falar com ela



25 de Janeiro de 1999

A Patricia não gosta de mim. O amor doi


11 de Novembro de 1999

A mãe anda a chorar muito. Não a quero a chorar mais



20 de Novembro de 1999

Hoje ela bateu me e começou a chorar outra vez…



13 de Dezembro de 1999

Hoje o pai estava esquisito. Disse que avia outra sem ser a mãe. Tenho duas mães?



15 de Janeiro de 2000

Ja não estou a gostar da escola. Não quero ir mais para a escola.



1 de Fevereiro de 2000

A mãe já não vai ao trabalho anda sempre em casa.



3 de Março de 2000

Gritos.



12 de Março de 2000

Mais gritos.

...

13 de Abril de 2000

O dia todo sozinho na escola. Pelo menos não à gritos.



29 de Maio de 2000

Tudo igual.



1 de Agosto de 2000

Férias!!!



5 de Agosto de 2000

Piscina, praia, as férias são boas. A mãe está melhor.



9 de Agosto de 2000

As férias acabaram mais cedo…



9 de Agosto de 2000

A tia está doente.



18 de Setembro de 2009

Encontrei isto hoje. Devo confessar que primeiramente nem sequer percebi o que era, pouco ou nada me lembrava de ter um diário na minha criancice.



20 de Setembro de 2009

Acabei de ler – ou reler – os meus devaneios de criança, e posso dizer que me surpreendi. Obviamente que não foi pelas frases de duas palavras, ou pela dificuldade no verbo ‘aver’, mas sim por ver aquela simplicidade e ingenuidade, que sempre ouvi que faria parte da infância, de uma forma tão presente. É engraçado ver aquela demonstração de lógica singular: ‘Ela não gosta de mim. O amor dói.’; é tão fácil, mas tão verdadeiro. Talvez seja nesta fase que as crianças, e mesmo os humanos estejam mais próximas de certas verdades, vêem as coisas como são, sem devaneios ou demasiados dramatismos, apenas simples relações causa/efeito e daí adiante, sem os excessos dum adulto. Mas, nem todas são assim, umas ficam, como pude eu ver, como névoa numa mente já por si curiosa e confusa.

21 de Setembro de 2009

Tenho feito um esforço mental para me recordar de certos episódios de criança. Hoje consegui rebuscar com maior clareza a figura da Patrícia. Era uma menina de uma boniteza angelical, aquele encanto típico de criança, a figura inocente que tanto nos chama e nos faz perder, mesmo quando já somos adultos. Dentro dessa beleza dois pontos sobressaíam, chamavam a atenção em particular, eram eles os cabelos loiros, um loiro tão forte que gritava vida, e os olhos verdes claros. Mas, na altura, eu não via as coisas assim. Até há bem pouco tempo a minha mãe costumava-me contar uma história sobre a Patrícia, era sempre a mesma história, o mesmo episódio. O episódio era o seguinte: uma vez eu contei-lhe que gostava duma rapariga, dessa mesma Patrícia, a minha mãe conhecia algumas colegas minhas, umas de vista, outras através de encontros casuais com os outros pais na hora de saída da escola. A Patrícia era uma das que ela conhecia apenas de vista, então ao falar-lhe dela a sua reacção foi natural, perguntou-me ‘A Patrícia? Aquela menina de cabelos loiros e olhos verdes?’. A minha resposta terá sido algo como isto…’Não, é a que tem cabelos amarelos. Os olhos são verdes e brancos, com uma pintinha preta’. Ela dizia-me que ao início teve vontade de rir, mas não o fez, porque rapidamente se apercebeu que eu, criança de seis anos, tinha razão. É tudo amarelo, os carros são amarelos, os casacos são amarelos, os quadros são amarelos, porque é que os cabelos têm que ser loiros? Porquê complicar? Porquê duas palavras para a mesma coisa? E os olhos? Desde da Patrícia só tive outra rapariga que pude pronunciar sentidamente que ‘gostei’, e uma das coisas que mais lhe deverei ter dito foi o quando me perdia nos seus olhos quase negros. Só essa parte dos olhos, mas os seus olhos eram castanhos-escuros, com branco à volta, e uma pintinha preta no centro, e era nesse todo que eu me perdia, nunca me lembrei de tal, só falava da parte quase negra. Esta é uma daquelas verdades de criança, a que os adultos não conseguem chegar sozinhos, por alguma razão.

22 de Setembro de 2009

Hoje tive um daqueles momentos em que nos rimos, aparentemente por nada, seguido por um daqueles momentos em que ficamos cabisbaixos, aparentemente por nada. Porquê? Novamente pus-me a pensar e repensar e cheguei a uma breve conclusão no que ao chamado amor toca. Quando sofremos por ‘amor’ em criança, é certo que sofremos no mais autêntico sentido da palavra, choramos, ficamos tristes. Só que é só isso, e depois passa, as memórias com que ficamos, acredito que são as mesmas com que fiquei, com aqueles cabelos amarelo girassol e os olhos verdes claros, envoltos em branco, com aquele ponto negro bem lá no centro, as recordações de um gostar inocente e sem segundas intenções. E depois, quando crescemos? Podemos amar, podemos entregarmo-nos a quem quer que seja? Mas e depois? E se por algum infortúnio, falta de fé ou vontade, tudo acaba por eventualmente cair no lodo? Pouco mais nos sobra a não ser feridas que com o tempo terão que sarar, um coração desfeito, talvez um certo ódio que roça o mesquinho. É o nosso mal, parece que chega uma fase da nossa vida e somos invadidos por uma espécie de síndrome obsessivo depressivo. Temos essa necessidade de estar em baixo, de querermos fazer das nossas almas umas ‘pobres almas’, somos mártires por vontade própria. Um amor mal sucedido nunca é relembrado como um amor, mas sim como uma desilusão, um quebrar do coração. Por mais que queiramos não nos conseguimos lembrar do amor em si enquanto amor, aquele ópio do ser que sentimos quando apaixonados. Esse fica para trás, não nos recordamos, não nos conseguimos recordar desses sentimentos tão puros. Aquilo com que ficamos é nada mais a não ser o alargar do sofrimento, as feridas que mesmo depois de saradas deixarão uma cicatriz, mesmo que escondida, um saudosismo melancólico de um sentimento que no passado ficará.



10 de Outubro de 2009

Li – ou reli – novamente tudo isto, incluindo o que de mais recente escrevi. Achei graça, se não me conhecesse, estou certo que vendo as coisas que aqui deixei há umas semanas teria ficado com a mais perfeita ideia que eu de um romântico me tratava. Não que não tenha os meus relances românticos, pois os tenho, mas a natureza não é a minha natureza, está longe de o ser…

11 de Outubro de 2009

Então que raio é que eu sou?! Está para aqui escarrapachado tanto do que eu sou, e mesmo assim pouco mais escrevi do que divagações sobre o amor que pouco interessam. São mais fáceis de escrever, mais fáceis de encarar. É bonito de se ler, é bonito de se pensar. Falei tanto da Patrícia, que tão pouco da minha criancice acompanhou. E o resto? Os gritos, as duas mães, o querer estar sozinho, o sentir-se só, as férias que acabaram terminado cedo? Então e tudo isso? É mais complicado de explicar? Não o é. Mas por ora, irei dormir sobre todos estes assuntos.

12 de Outubro de 2009

Gritos e gritos? Choros? Mãe sempre em casa? A minha mãe nunca foi demasiado diferente daquilo que vejo como sendo a maioria das pessoas dentro desta nossa mísera sociedade, uma vítima. Uma pessoa que teve os seus sonhos, que confiou que os podia vir a alcançar, mas não conseguiu com que eles passassem verdadeiramente de sonhos. Se há algo de diferente nela é que, por momentos, ela pareceu mesmo estar a viver um dos seus sonhos, o sonho de um casamento são, com um bom marido. Este sonho terá durado uns sete anos, pelo que sei, pelo que me disseram. Depois veio a habitual degradação humana, os tais gritos, as discussões, as desconfianças, as tristezas, o sentimento a desvanecer, as realidades mais negras a vir ao de cimo. Isso, associado a um mercado de trabalho injusto e desumano fez com que a minha mãe, espírito feminino fraco, caísse sem grandes surpresas naquela epidemia chamada de depressão. Afagava as suas mágoas em comprimidos, mudava de humor violentamente, passava dias deitada em pranto. E eu? Eu era a criança, que era filho duma mãe que passava pela depressão da sua vida. Uma criança que a certa altura soube mais do que o que deveria ser, disso falarei amanhã.

13 de Outubro de 2009

Duas mães? Não, nunca tive duas mães, antes fosse. Esta foi uma daquelas tais verdades que na névoa ficou por uns tempos, até eu me aperceber que o que o meu pai me quis dizer por entre aquele torpor alcoólico é que tinha traído a minha mãe com outra mulher. Não me recordo em que ponto da vida é que tive a iluminação necessária para entender esta verdade, certo é que tê-la alcançado transformou-me, transformou o meu sentido de existência. Mais e mais eu ia vendo a minha existência como uma não-verdade, uma mentira, um nascimento que resultou de um mero acto teatral, e não da naturalidade de uma relação e um amor são, uma vida que não vivia, que era só uma personagem acessória no meio de toda aquela peça. Eu era a criança que se ia afastando de todos, que começava a pensar o que era e porque existia, já não era a crianças das verdades puras como o cabelo amarelo girassol. Não me via como culpado pelo que era, mas sim uma vítima infeliz, criado por duas outras vítimas infelizes.

14 de Outubro de 2009

Houve uma altura, uma semana talvez, em que todo este processo negro teve um retrocesso. Uma semana de férias, num outro país, Espanha, um simples cruzar de fronteira. Foi um período breve, em que a criança deixou de ser o produto de um adulto, e tornou a ser apenas criança. As discussões cessara, como que magicamente, não sei porque razão, não sei se somente de forma superficial ou treinada, e tudo pareceu retornar ao normal de criança, onde as águas não eram frias e as areias não eram irritantes, como hoje me são, mas sim apenas parte de um mundo a descobrir.

15 de Outubro de 2009

Essa semana pouco durou. Foi uma semana, durou uma semana, era para ter durado pelo menos duas. A minha tia, doente cardíaca como grande parte dos parentes de parte de minha mãe, claudicara após um enfarte. Não me recordo de muito mais a não ser uma despedida apressada e nervosa de Espanha, e uma viagem que pareceu ser demasiadamente longa. Chegámos pouco tempo depois da minha tia ter dado o seu último suspiro. No hospital todas as figuras que conhecia mostravam uma aura estranha, algo como uma angústia apática. Foi por entre essa angústia apática que me consegui esgueirar até ao quarto de minha tia e beijar-lhe a face, sem perceber bem o porquê de não ter tido resposta, o porquê dela simplesmente continuar lá deitada, sem se mexer, sem dizer uma palavra.

16 de Outubro de 2009

E eu era assim, a criança que pela primeira vez estava a encarar uma morte, o desaparecer completo de uma pessoa, que apesar de tudo nem me era demasiado próxima. Mas fui-o não por muito tempo. Acontece que para o espírito enfraquecido essa foi o acontecimento perfeito para o quebrar absoluto. Pouco tempo se aguentou antes de se condenar a uma overdose de anti-depressivos e seus companheiros. Meu pai encontrou-a e levou-a ao hospital. Apesar de tudo, teve sorte, ou algo a que se pode de chamar de sorte, pois não estou certo sobre qual a melhor forma de encarar a morte, pelo menos ainda. E eu? Eu era uma criança, sobrinho de uma tia que acabara de morrer, neto de avós que eram também que choravam a morte de uma filha enquanto rezavam pela vida de outra, o filho de um pai traidor, que era casado com uma mãe que sofria de uma depressão avançada e que estava disposta a deixar tudo, incluindo o seu próprio filho, talvez sem sequer pensar nele. E por muito tempo fui esta criança. A minha mãe sobreviveu, mas todo o meu crescer foi perante isto, e perante a dúvida da minha própria existência, do sentido de ser. Daqui para a frente pouco me aconteceu, cresci como um ser humano normal, com uma vertente algo anti-social, que desacredita na qualidade vida quotidiana normal, construída sobre a base de uma sociedade negra, falsa, distópica. Nada mais me aconteceu que fosse digno de registo, e talvez por isso nada mais tenha escrito neste diário até coisa de um mês. E desse mês para cá, nada de registo, apenas a explicação do passado, apenas o relembrar do que sou, o acentuar de questões que talvez já tivessem sido esquecidas. Coisas que pouco interessam, dedicarei as próximas páginas apenas a coisas que interessem.



16 de Outubro de 2010

Um ano? A sério? Nada. Quebrei o que disse há um ano atrás, nada me acontece, nada faço acontecer, apenas a questão, o que faço aqui?



20 de Dezembro de 2010

O mesmo enfado de sempre.



Para que serve dizer o dia?

Hoje fiz finalmente algo merecedor de ser escrito. Pensei pela primeira vez, verdadeiramente, numa solução. Fi-lo aquando segurava uma faca, talvez apenas tenha nascido para desnascer. Talvez existir seja um erro, e o meu destino único é deixar de existir. Pela primeira vez, pensei que talvez chegue o dia em que o faça, em que coloque um alegre ponto final na minha existência.



O dia em que o dia se aproxima

Veneno



O dia
.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Desculpem lá

Mas ninguém me pode arranjar um esboço de um trabalho de MTC? Tenho que entregar na segunda, mas com isto do trabalho anda tramado. Salvavam-me a vida. lols

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Que é que acham

Do pessoal tentar encontrar-se nas férias pa discutir umas coisas?
Tempo real

Mais um dia,
Acabas de almoçar,
E deitas-te no sofá.

Na cozinha, mais um prato
Por limpar.
Mais um na pilha,
Todos por limpar.

Levas as mãos à face,
É igual, é tão igual,
Tão terrivelmente igual…

Ouves aquele tic-tac,
Olhas para o relógio,
Os ponteiros passam,
O tempo passa, passa sempre.

Enfureces-te,
Agarra-lo,
Arremessa-lo, despedaça-lo.

Acalmas-te, tens que te acalmar
Segues passo-a-passo,
Passo-a-passo, passo-a-passo.

Chegas, lavas a cara suja,
Vês-te, e vês,
Como nunca viste
Aquelas rugas bem marcadas.

Gritas,
Não aguentas, não mais
E gritas, e corres

E atiras-te,
Atiras-te de cabeça,
Mas num rodopio quase
Que cais de pé.

Pouco interessa,
Estatelas-te no chão,
Quais rugas, qual cara
Já não és nada.

Nada. Só um corpo
Um corpo que jaz
Em alcatrão,

Ao lado duma poça de sangue,
Sangue enegrecido,
Onde está mergulhado um cartão
Sem nome, nem imagem,

Que hoje ficará por picar.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A Estrada

Quando era muiiiiito pucanina o mano dizia coisas que eu não percebia. Depois contava histórias. Falava de aventuras, de princesas e príncipes. Uma vez, disse que havia um lugar onde as crianças mortas iam lá parar se não fossem batizadas, e depois vinha deus e perguntava o que eles estavam ali a fazer. E depois deus dizia às crianças que iam para o céu se fossem bem comportadas, ou para o inferno se fossem mal comportadas. Depois o mano disse para eu ser uma menina bem comportada e ter sempre cuidado a passar a estrada quando ia à loja, para não ir ter com aqueles meninos. E eu não queria ir ter com aqueles meninos. Tinha medo. O mano assustava-me sempre quando dizia aquelas coisas. Primeiro eu não percebia, e depois fazia me medo. Queria era imaginar aquelas histórias que ele antes me contava. Eram mais bonitas. Os castelos, as princesas e os príncipes encantados. Gostava muito mais daquilo. Preferia muito mais. Quem me dera que o mano estivesse aqui para me contar essas histórias. Assim eu ficava mais contente. Depois já podia contar aos outros meninos a histórias que o mano me contava. E eu adormecia depois de ouvir o mano a acabar as histórias. Ele dava me um beijinho na cara e eu adormecia. Quem me dera que ele estivesse aqui. Assim era porque eu não estava aqui. Assim ele ainda me podia dizer para eu ter sempre cuidado a atravessar a estrada quando ia à loja. E era tudo melhor assim. Ainda bem que eu era uma menina bem comportada.



quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Cartinha

Minha princesa,

Faltam 8 dias para chegares e já ando a contar até os minutos. Assim que te vir passar a porta do aeroporto, acho que não vou resistir e que te vou dar um abracinho do tamanho do MUNDO!

Lembro-me do que senti quando, há cerca de um ano e meio, te peguei ao colo pela primeira vez, tinhas tu umas horinhas de vida (cá fora, pelo menos). Senti algo a encaixar-se algures aqui dentro. Senti que, finalmente, havia encontrado uma peça que me faltava. Senti que não te conseguia largar mais. Tinha um novo motivo para viver, e para viver feliz: ver-te crescer.

Da última vez que estivemos juntas, há pouco mais de três meses, senti que também tinhas criado essa ligação comigo. Afinal, eu era a única pessoa a quem tu davas beijinhos. Gostavas de agarrar no meu dedo e de passear pela casa toda, gostavas de brincar comigo e com as almofadas, gostavas de vir a correr até mim e de te atirar para o meu colo.

Entretanto, nas conversas que temos pela internet, continuas a meter-te comigo, a contar-me as tuas coisas e a rir-te comigo. E queres dar um beijinho no ecrã do computador sempre que te peço um beijinho :) Posso não perceber palavra do que tu dizes, mas acredita que as tuas palavras dóceis me enchem o coração.

Por isso, daqui a 8 dias, acho que te vou agarrar e que nunca mais te vou deixar ir embora. Diz à mamã e ao papá que queres ficar cá, com a tua p.p. – decerto não se importarão :) Fico a contar os minutos para o teu regresso, ansiosa e impacientemente, pois já não mais consigo viver longe de ti. Volta depressa, minha piolha.

Um beijinho enorme,

Alice


[Diogo, aqui está. Segui o teu conselho. Obrigada :) ]